Categoria Reflexões

porLucas Pavel

O calor

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Morar no Rio de Janeiro em suas primeiras semanas de verão é lembrar que às vezes a cidade pode ser bem pouco maravilhosa. Como os cariocas gostam de dizer, o maçarico fica ligado. Sim, é exatamente essa sensação de queimação, de pernas assadas, de sonos suados e ruins…

Cariocas, convivem com a realidade do aquecimento global de perto. Os dez primeiros dias de janeiro no Rio foi chapa quente. O centro da cidade parece o Deserto do Saara. Não é à toda que os vendedores das praias vão para o trabalho de túnica feito árabe mesmo.

E o ciclista, onde ele se encaixa nesse calor? Bom, pergunta delicada. Lógico que estar em movimento, fazer atividade física no verão pode ser desconfortável. Mas o ciclista tem a vantagem de não passar pelo maior desconforto que todo cidadão carioca já viveu, ou seja, o temido choque térmico. Não há nada pior do que você estar no seu confortável ar condicionado divino e ter que enfrentar lufadas de fogo no rosto numa questão de segundos. O ciclista tem a possibilidade de vivenciar mudanças menos bruscas de temperatura e ainda tem a compensação mais agradável que poucos conseguem. Nada pode ser melhor que tomar uma chuveirada bem gelada depois de uma pedalada.

Aproveite o verão e continue pedalando pela cidade. Afinal, pedalar é viver a cidade em todas as suas particularidades.

porLucas Pavel

O Papel da Indústria do Automóvel na Vida e na Mobilidade Urbana

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Diretor da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo Ciclocidade, Daniel Guth

Nós somos o limite de onde conseguimos chegar. Metrópoles como Roma já funcionaram com um quilômetro quadrado muito pequeno. E funcionavam bem. Com vendedores de rua, músicos, mendigos, com pessoas na rua.

Esse cenário mudou quando as cidades começaram a crescer. Cidades, assim como tudo na vida, estão em constante mudança. A forma urbana vai ganhando novos contornos conforme as sociedades vão evoluindo. E acompanhando esse processo está a mobilidade urbana.

Chegaram os carros, os shopping centers (com sua proposta de praticidade), e o cinema americano sempre nos dizendo que era bem-sucedido andar de carro. O carro era a única forma de dar conta desse crescimento espontâneo das cidades.

Esse processo trouxe para os centros urbanos o que muitos chamam de verticalização, que consiste na criação de prédios gigantes para abrigar escritórios e milhares de trabalhadores. E os habitantes da cidade começaram a se deslocar para as periferias. Não havia mais espaço para morar ali. As cidades ficaram todas com essa estrutura padrão.

A urbanização foi um processo necessário, orgânico, que foi ganhando espaço porque historicamente aquele era o momento de acontecer. No entanto, esse caminho aos poucos começou a ser revisitado e questionado quando as pessoas deixaram de viver as cidades. Começou um processo chamado carrocentrismo.

O carrocentrismo é a percepção de que o uso demasiado de carros retirou o aspecto humano das cidades. O carro, com seu insulfilm e ar condicionado, isola. Seres humanos param de ter contato com seres humanos. Eles não saem mais do seu carro, vão para o trabalho e voltam, mas não têm a experiência urbana.

Como reverter esse processo? Usando a bicicleta. A bicicleta, por costurar o trânsito, por te tirar da blindagem do carro, faz você ver as pessoas de novo. Você percebe um monumento nunca antes notado, conhece pessoas, faz amigos. Para que o movimento de transição para a bicicleta seja possível, a rua precisa ser convidativa. Ou seja, de nada adianta entendermos que as ruas precisam ser habitadas se não há uma infraestrutura cicloviária que permita essa transição.

Estudos mostram que 80% das viagens que se fazem em solo urbano são de casa para trabalho/escola e vice-versa. Muito pouco são viagens grandes que demandam um carro. Ou seja, esses trajetos poderiam ser enxugados em transportes eficientes e uma estrutura viária que seja mais igualitária para motoristas, ciclistas e transeuntes.

porLucas Pavel

CRÔNICA DE UM ANTICARROCRATA

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Aprendi a andar de bicicleta aos 12 anos. Passei por todo aquele circuito clássico da infância: põe rodinha, tira rodinha, come terra, se estabaca no chão, volta ralado pra casa, briga com meninos mais velhos do condomínio. No meu caso, pedalar era quase uma necessidade médica. Eu era bem gordinho, precisava perder peso urgente. A bicicleta parecia ser a única opção.

Minha mãe me seguia de carro no caminho para escola. Ela queria ter certeza que eu saberia me comportar e me virar no trânsito andando de magrela. Eu tinha tudo para não gostar de pedalar, afinal essa marcação cerrada era bem broxante. Mas quando você é pequeno e não pode pegar um carro, a bicicleta é seu único meio de transporte autônomo. É libertador. É só sentar no banco e ir.

E eu fui. Aos 16, já estava bem mais confortável com meu meio de transporte, mas a obesidade ainda me perseguia. Ainda tinha peso a perder e as pizzas e hambúrgueres da escola não ajudavam nesse processo. As escolas querem te educar da melhor forma possível, mas te deseducam na mesma medida.

Aos poucos fui percebendo que andar de bicicleta tinha se tornado o meu jeito de estar no mundo. Se eu parasse, eu tombava. Era minha meditação e minha academia. Corpo & mente numa tacada só. Fui espalhando a ideia entre meus amigos, mostrando que era um movimento possível, ajudando-os a comprar suas próprias bicicletas. Ao entrar na juventude, meu pai me ofereceu um carro e eu recusei solenemente. A carrocracia não combinava comigo.

Hoje em dia, vou ao trabalho todos os dias de bicicleta. Mesmo sendo longe de onde eu moro, eu pego minha bike, dobro, coloco embaixo do braço e completo o trecho de ônibus. Vou de bike para todos os cantos. Balada, barzinho, nascimento de filho de amigo, enterro, churrasco, passeata. Tudo.

A bicicleta me permite conhecer a cidade de uma forma que pessoas motorizadas não alcançam. Conheço estátuas que você nunca viu, falo com pessoas que você nunca imaginou existirem, conheço outras cidades melhor do que seus moradores, ângulos que você não percebeu porque estava muito preocupado com o que está na frente do seu para-brisa.

porLucas Pavel

As cidades do futuro (ou o futuro das cidades)?

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Ciclovia futurista da Polônia: ela brilha no escuro

A gente tem o hábito de achar que o futuro é algo inalcançável, intangível, mas alguns futuros são mais próximos que outros. Para muitas cidades no mundo, o futuro já chegou. E em muitas outras, o futuro é uma necessidade urgente.

Estamos destruindo aos poucos o nosso planeta. A chamada modernização veio de mãos dadas com a urbanização e para dar conta de tanto crescimento, precisamos de dois ingredientes fatais: ruas e carros. Existem no mundo cerca de 700 milhões de automóveis. Em alguns países, como os Estados Unidos, há um carro para cada habitante e a situação não é muito diferente na Europa.

Resultado: congestionamentos astronômicos nas cidades e poluição atmosférica em todo o mundo. A gasolina e o óleo diesel, principais combustíveis dos carros, têm suas impurezas levadas para a atmosfera.

Existem algumas formas alternativas para tentar burlar esse problema. Uma ideia que está ganhando bastante força são os carros elétricos, uma solução limpa, porém com algumas desvantagens. A energia elétrica não consegue dar ao carro muita autonomia, tendo que ser recarregada rápido. Ou seja, funciona melhor em cidades onde a quilometragem rodada é pequena. Outro inconveniente é que em alguns países a eletricidade é gerada por combustíveis fósseis, ou seja, gerando a poluição que se quer evitar. Só funcionaria em países cuja eletricidade é de matriz hidrelétrica, como o Brasil.

Pensar na infraestrutura das bicicletas é dialogar com o futuro. Não tem como olhar para frente sem pensar nelas. Elas são limpas, ajudam a desafogar o trânsito, baratas. São a transformação que cidades que já vivem no futuro – como Amsterdã – já tinham pensado 40 anos atrás.

porLucas Pavel

MENOS TAXAS, MAIS FAIXAS

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Fonte: Facebook Bicicletada/Massa Crítica – Menos Impostos!

Na última sexta-feira (25) aconteceu a famosa Bicicletada em São Paulo, movimento da Massa Crítica que tem por objetivo lutar por melhores condições de mobilidade nas cidades do mundo.

A pauta girava em torno de uma questão antiga: os impostos cobrados sobre a bicicleta são muito altos. Proporcionalmente falando, são maiores até do que os impostos sobre os carros. Apesar do custo de manter um carro ser muito maior do que de uma bike. Uma carga administrativa tão alta em cima das magrelas não é inteligente, pois onera excessivamente um meio de transporte limpo, sustentável e saudável. Certamente, falta planejamento do governo para taxar de forma mais inteligente diferentes módulos de transporte.

Enquanto isso, diferentes países do mundo, como Inglaterra e França já têm projetos avançados que recompensam por meio de isenção e benefícios fiscais os cidadãos que vão de bicicleta para o trabalho.

Estas iniciativas pró-bike ao redor do mundo só demonstram a força e a importância que do ciclismo urbano.  Uma opção viável e barata de transporte sustentável e ecológico. A bicicleta pode não salvar o mundo, mas pode transforma-lo  em um lugar melhor.

Investir num meio de transporte que não polui é economizar em saúde, o que é um ótimo negócio para o Estado. Tanto isso é verdade que a França investe no ciclismo da mesma forma que investiu na popularização do automobilismo, com os mesmos benefícios fiscais e mídia.

As evidências estão na cara. Só não percebe quem não quer ver. O Brasil não pode ficar para trás nesta tendência. O ciclismo já está acontecendo no Rio, principalmente, mas o movimento da bike é geral em todo o Brasil. O que falta são iniciativas como estas, por aqui. Imaginem empresas recebendo do governo incentivos fiscais para estimularem o uso do ciclismo pelos seus funcionários, isto sim faria a diferença!

No Brasil, um projeto de lei parecido foi sancionado por Haddad, mas a transição para a gestão Doria faz-nos pensar se essa lei continuará tendo visibilidade. Aliás, essa é uma crítica a ser feita às políticas para bicicletas no nosso país. Em geral, elas têm abrangência municipal, o que é muito frágil porque novas gestões acabam varrendo essas iniciativas para bem longe. O Brasil precisa de um Projeto Nacional para a bicicleta.

Os brasileiros querem isso e já é tempo disto acontecer. Não podemos perder tempo, a hora é esta. Se a iniciativa pública vacila nesse quesito, a privada tem várias ideias que sacodem essa inércia. Experimentos como o da startup Bike da Firma que permite que empresas premiem seus funcionários que vão de magrela pro serviço.

 

porLucas Pavel

Reduzir velocidades para salvar vidas

 

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que a velocidade máxima segura vias públicas é 50 km/h. Se a área tiver uma grande circulação de pedestres e ciclistas, recomenda-se até menos: 30 km/h. Reduzir os limites de velocidade é uma tendência global em sociedades que mostram respeito à vida.

O trânsito mata 1,3 milhões de pessoas por ano no mundo. Isso equivale à queda sem sobreviventes de quase 3 mil Boeings. No Brasil, morre-se mais no trânsito do que por câncer ou homicídio.

Reduzir é uma medida urgente, inquestionável. Por exemplo, em uma colisão com um carro a 30 km/h, a chance de sobrevivência do pedestre é de 90%. Se ele estiver a 50 km/h, a chance cai vertiginosamente para 15%. Se for 60 km/h, o número cai para 2%.

Por isso, medidas como as adotadas por Doria em São Paulo, que é praticar velocidades variadas para pistas distintas nas Marginais do Pinheiros e do Tietê, são quase criminosas, como nos diz Daniel Guth, consultor de políticas de mobilidade. Essa decisão não vai resolver o problema. É eleitoreira, porque só está sendo tomada para não fugir de sua promessa de campanha. Vidas não podem ser negociadas.

 

porLucas Pavel

Camelo Urbano Fala Sobre CO2

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Enquanto todos falam de Olimpíadas, nós não cansamos de bater na nossa querida tecla da bicicleta, meio ambiente, bem-estar etc…

Antes mesmo do nosso plante se chamar Terra, não havia oxigênio. A nossa  atmosfera era úmida e quente, cercada de C02. Mas ao longo dos tempos algumas das formas de vida mais primitivas iniciaram o processo de  decomposição do CO2, entulhando a atmosfera de 02, através do processo da fotossíntese.

Assim nasceram as plantas, as árvores, utilizando carbono e liberando oxigênio na atmosfera. Esse processo aconteceu por bilhões de anos e continua até hoje.

Por isso todo ar que se respira na Terra veio do respirar das plantas e demais organismos vivos. Na realidade o nosso planeta é um ser vivo único sem fronteiras.

Tudo aqui na terra está interligado num estado de dependência e, apesar de farto, tudo é limitado.

A poluição é um problema que afeta o clima. Isso fica cada vez mais claro com o crescimento desordenado. O homem é capaz de destruir a ponto de haver a extinção de espécies, a contaminação de rios… em fim de destruir o nosso próprio quintal. Destruir-se.

Se por um lado houve melhorias na educação com o uso de computadores na sala de aula, ainda falta fazer com que todos entendam que o planeta Terra é apenas um e todos nós temos de fazer a nossa parte na hora de cuidar dele.

Quem pedala no Brasil melhora o ar, até lá na China. Assim como quem pedala lá do outro lado do mundo acaba por contribuir para um ar mais saudável no Brasil.  O mesmo acontece com tudo que nos cerca.

Cada pedalada a mais contribui, colocando o destino e o futuro de novo em nossas mãos

porLucas Pavel

O carioca e a segurança

Ciclismo-capa-Folha-Carioca-9885-copy-700x466O carioca não é muito diferente do que qualquer cidadão do mundo. O ciclista carioca não é muito diferente de outros ciclistas do mundo. Ora, sabemos muito bem que o carioca gosta de cuidar da sua saúde. O carioca é um sujeito ligado à natureza (queira ou não) e que se sente parte dela, parte integrante e funcional dela.

O maior empecilho é mesmo a segurança. Segurança em todos os aspectos, seja ele o medo de ser assaltado como o medo de se acidentar. Nesse sentido, especialmente no primeiro, ainda temos muita luta e muito cicloativismo pela frente. Mas nos que tange à infraestrutura, muito está mudando. A cultura da bike está chegando. Temos mais ciclovias do que antes. Temos mais pessoas adotando a magrela.

Então o fator segurança, embora carente de melhorias ainda, está sendo observado, estudado, melhorado. Quem sabe em pouco tempo a cultura da bike vá ser segunda natureza para o carioca assim como é para vários cidadãos do mundo. A Camelo Urbano é confiante!

porLucas Pavel

Uma Cidade Melhor pra quem?

uma-cidade-melhor-pra-quem2O Rio de Janeiro é uma cidade sem meio de transporte público decente, onde horas são perdidas indo e vindo do trabalho. Além do altos custos na manutenção dos carros, quando comparados, por exemplo com a bicicleta, que pressupõe baixo custo de manutenção.

A bike acaba por ser o transporte ideal para quem quer aliar princípios de economia e praticidade ao seu dia dia.

Lógico, andar no trânsito do Rio é bem difícil e com certeza você vai chegar no trabalho suado. Apesar dos novos investimentos realizados pela prefeitura, interligando os principais meios de mobilidade urbana em função dos locais das Olimpíadas (como VLT, BRT, linha 4 do metrô), eles apenas se esqueceram de fazer qualquer movimento em relação à bicicleta. Ainda faltam muitas ciclovias a serem construídas em uma série de ruas e avenidas com muito movimento de veículos. Por isso nós a toda hora temos que ser intrépidos, em avenidas sem redução de velocidade e, portanto, muito perigosas.

Mas mesmo assim o que realmente interessa é que apesar de tudo isso, o número de ciclistas pelas ruas só aumenta a cada dia; novos ciclistas tomam as ruas lutando pelo direito de usar a bike como um meio de transporte. Saímos em campo pelas ruas do Rio, gravando depoimento de bikers com o celular e constatamos essa tendência.

Hoje, a bicicleta é um dos veículos mais interessantes nas curtas e médias distâncias uma feliz constatação: além de gratuito, o uso da bicicleta tem a qualidade de não ser poluente.

Ela melhora as suas capacidades motoras, tanto o equilíbrio, como o raciocínio, e além, é claro, do reflexo. Tudo isso aliado às ideias de economia e praticidade já mencionadas no texto.

porLucas Pavel

Economize dinheiro andando de bike

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O brasileiro é conhecido internacionalmente por ser um povo criativo. Em tempos de crise econômica no país, essa criatividade fica ainda mais aguçada. Nós da Camelo Urbano resolvemos fazer um guia de como economizar dinheiro usando sua bicicleta!

1. Evite ônibus e táxi: se o trajeto é curto, pegue sua magrela e saia por aí. Você certamente irá gastar bem menos do que usando outras formas de transporte. Uma assinatura mensal do Bike Itaú não passa de R$10,00. Ou seja, muito mais barato que qualquer outra forma de transporte.

2. Faça trajetos curtos: como a bike permite viagens curtas, use isso a seu favor e não se estenda muito da sua rota. Assim você evita passar naquela loja do shopping super cara que você está namorando há séculos.

3. Saia cedo: quando seus amigos te convidarem pra tomar uma cerveja depois do trabalho, use sua bike como argumento para não ficar muito tempo. Afinal, você não pode beber muito pois ainda precisa pedalar. Assim, você escapa de refeições muito salgadas para o bolso.

4. Prefira restaurantes com bicicletário: em geral eles oferecem opções de lanches green mais rápidos e saudáveis. Você come pouco e gasta pouco.

5. Chame os amigos para pedalar: em vez de sair pra uma balada, que certamente vai exigir de você gastos homéricos, proponha a seus amigos saídas em parques e orlas via bike. No máximo, você vai gastar comprando sua água de coco ou comendo um sanduíche pequeno.

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