Arquivo mensal julho 2017

porLucas Pavel

Vamos pra rua?

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A Camelo Urbano está de luto! Mais uma ciclista morreu nas ruas da nossa cidade. Dessa vez foi Fernanda, 29 anos, que foi atingida, dia 27 do mês passado, quando andava pela Avenida Infante Dom Henrique, na Praia de Botafogo, Zona Sul do Rio. A morte de Fernanda reacende uma discussão recorrente sobre o trânsito de bicicletas.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e a população como um todo continuam tratando a bicicleta como carro sempre que não há ciclovia. É a velha mania cultural de culpabilizar a vítima sempre. Se as pessoas são atropeladas em pistas de carros, a culpa não é de quem é atropelado, ou seja, de quem sofre a ação, mas de quem atropela.

O CTB é bem claro quanto a isso em seu artigo 29 ao dizer que os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, assim como os veículos motorizados são responsáveis pelos não-motorizados, e todos com veículos responsáveis pelo pedestre. Quem não adoraria poder ter a opção de ir trabalhar de bicicleta no centro, apoio da prefeitura no trânsito, locais para estacionar.

No mundo tudo crescem os espaços para o ciclismo, as ciclofaixas, ciclovias. O ciclismo já é uma realidade e uma alternativa. É impossível não enchegar que as mudanças já chegaram e estão reclamando espaço em cada ciclista que se lança nas ruas. Lógico que o ideal é sempre andar pela ciclovia, mas nem sempre elas estão disponíveis no trecho que você precisa ou simplesmente são muito remotas ou até inseguras de se pedalar.

Ou seja, por vários motivos, várias vezes somos obrigados a nos “jogar” no trânsito, nessa selva de aço que são as ruas da cidade (e do país) e nesse cenário infestado de pouca empatia. As pessoas só querem saber de chegar logo no trabalho e essa parece ser uma preocupação exponencialmente maior do que o bem-estar do outro.

 

porLucas Pavel

FORTALEZA: rumo a mobilidade sustentável

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A cidade está no caminho certo quando se fala em mobilidade sustentável: iniciativas beneficiam moradores e otimizam a integração modal. Os investimentos em mobilidade da Prefeitura de Fortaleza, assim como as ciclovias, bicicletas compartilhadas (inclusive para crianças), carros elétricos compartilhados estão colocando a cidade no rumo da vitória.

Fortaleza conta com 204 km de malha cicloviária, o que significa um crescimento de 180% nos últimos 5 anos. Está muito melhor que outras cidades brasileiras que sempre foram referência, como São Paulo, que depois do Doria está regredindo, chegando ao ponto de apagar suas ciclovias.

Iniciativas como essa precisam continuar pipocando para inspirar outras prefeituras Brasil afora. Quem sabe um dia teremos um projeto nacional pró-bicicleta…

porLucas Pavel

400 km é muito pouco. Precisamos de 1000 km!

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Nos últimos anos, o crescimento da bike foi facilitado pelo boom de ciclovias criadas por prefeitos com visão para a mobilidade urbana, como Haddad. A verdade é que hoje, tanto o Rio com seus 450 km, como Sampa com seus 430km estão perdendo a oportunidade de criar mais ciclovias. Até hoje o que existe de infraestrutura cicloviária é muito pouco dentro desse mobiliário urbano. O cidadão brasileiro precisa de mais conectividade cicloviária. E não ciclovias na beira da praia para turista ver. Podiam ter feito na Presidente Vargas, que possui espaço e teria sido de fato relevante. Não precisamos de um prefeito que apague as ciclovias da periferia como hoje faz o da Sampa. Queremos mais mais de 1000 km de ciclovias! Se com ciclovias já existe risco na hora de usar a bicicleta como meio de transporte, imagina sem ciclovias como quer Doria! Rio e Sampa estão perdendo para outras cidades como Fortaleza.

Em 2013, Berlim tinha mais 1000 km de ciclovias, muito mais que São Paulo, sendo que São Paulo tem uma população 3 vezes maior. Quando vamos recuperar essa defasagem?

porLucas Pavel

Perfil: Juliana DeCastro

Vamos conhecer um pouco mais sobre Juliana DeCastro? Ela é aluna de doutorado do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Juliana DeCastro e uma das cinco vencedoras da edição 2017 do Desafio Mobilidade Itaú-Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Ela concorreu com gente do país inteiro. O desafio era apresentar uma proposta inédita para mobilidade urbana que incluísse a bicicleta. Os vencedores receberão 10 mil reais, cada um, e terão suas propostas publicadas, em formato de artigo, em um livro financiado pelo Itaú e Cebrap que será lançado em 2018.

A aluna vem estudando opções para melhorar a mobilidade urbana, de forma sustentável, sob a perspectiva do crescimento da demanda.  Em sua pesquisa, a aluna da Coppe utiliza uma abordagem metodológica exploratória, cujo objetivo é interrelacionar padrões de viagem, perfis de usuários e uso do solo. “O objetivo é investigar o uso e o desempenho dos sistemas de bicicletas compartilhadas no Rio de Janeiro, como o Bike Rio”, explica.

Em sua pesquisa, Juliana analisa a relação entre bicicleta, mobilidade e turismo na cidade de Niterói, contextualizando a partir dos dados da pesquisa nacional sobre o perfil do ciclista. Tendo também como foco o deslocamento de lazer, ela aponta a relevância do planejamento integrado das políticas públicas que utilizem a bicicleta beneficiando tanto a população local quanto os visitantes da cidade.

Pesquisas como essa demonstram como a Academia já se interessou pelo tema bicicleta e mobilidade urbana.

porLucas Pavel

Vamos TROPICALIZAR a bicicleta

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Acreditamos que é possível promover a bicicleta como um transporte sustentável e saudável para todos, sem esquecer estrutura e segurança, itens tão necessários nessa prática. A cidade do futuro só será viável se tivermos mais bicicletas. Serão necessárias muito mais ciclovias, ciclofaixas, ao invés de calçadas esburacadas e horas presos no trânsito. Essa prisão não combina com o futuro. Futuro combina com liberdade.

Mas acreditamos também em tropicalizar a bicicleta. Em poucas palavras, tornar sua utilização viável em países como o Brasil, com condições climáticas e estruturais bem específicas. No que se refere ao clima, é sempre bom pensar que num lugar onde faz muito calor, um bom bicicletário precisa de chuveiros ao seu redor, por exemplo. O ideal seria tomar um banho, nos dias mais quentes pelo menos, mas se vc não tem este conforto no local de serviço, sugerimos que procure um ponto de apoio em clubes, ou academias.

Mas acredite: pedalando devagar você quase não vai suar. Andar no trânsito do Rio pode ser difícil. O ciclista é muitas vezes um intrépido, um desbravador de caminhos entre os carros, ónibus e fechadas do trânsito caótico do dia a dia. Mas o que é mais interessante é que apesar de tudo isso, o número de adeptos da bike aumenta a cada dia, as pessoas querem ter o direito de usar a bicicleta como um meio de transporte. Saímos em campo pelas ruas do Rio, gravando depoimento de bikers com o celular, e constatamos esta tendência. Hoje, a bicicleta é um dos veículos mais populares do mundo em razão de uma feliz combinação: Alem de saudável o uso da bicicleta é divertido!

Desenvolve sentidos fundamentais como o equilíbrio, o raciocínio , o reflexo, habilidade e força. Tudo isso rima com saúde,  praticidade,  rapidez , eficiência e a qualidade de não ser poluente. Assim vc pode pedalar mais lentamente, com mais tempo, o que pode contribuir para que você sue menos.

Em relação à estrutura, é sempre bom pensar em iluminação, mais segurança nas áreas onde circulam ciclistas etc. Tropicalizar a bicicleta significa torná-la possível em países onde as condições ao redor da bike não são perfeitas e fruto de anos de conscientização e luta, como acontece na Holanda, Dinamarca etc. É garantir que não falte bicicleta em nações onde uma série de outras coisas faltam, como educação, saúde etc.

Pegando carona nessa ideia, vale se perguntar: quais medidas de tropicalização serão adotadas também no Velocity de 2018, que será sediado no Rio? Ora, o maior evento da bicicleta no mundo não pode deixar de levar em consideração a população brasileira. Será possível que as pessoas cheguem ao evento de bicicleta como acontece nos outros países? Será que os palestrantes serão apenas gringos louros? Será que falarão de projetos pioneiros e tipicamente brasileiros, como Bike Anjo, Mão na Roda e tantos outros? Será que os nossos conflitos mais íntimos em relação à adoção da bike como transporte serão contemplados?

Esses questionamentos são muito importantes e precisam ser feitos desde já.

porLucas Pavel

Camelo PM

O VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos (uma espécie de bonde), figurinha muito comum em várias cidades europeias, traz bastante benefícios para a cidade. Ele se encaixa num modelo arquitetônico conhecido como boulevard. No boulevard, a rua se torna um espaço muito mais harmônico e também mais humanizado. Existe uma faixa para os trilhos do tram, uma ciclovia, algumas árvores e algum (limitado) espaço para carros e ônibus. A ideia foi justamente desafogar o trânsito, eliminando dele a lógica “carrocêntrica” dominante.

Muito se fala na mídia especializada sobre cidades do futuro. São espaços onde o humano está em primeiro lugar, onde o espaço é direcionado para a experiência humana. Só o que não se fala é que essas cidades do futuro são contemporâneas.

Existe bastante ativismo em busca de melhores infraestruturas, pela construção de mais e melhores ciclovias. Várias cidades estão desenvolvendo projetos que devolvem a cidade ao cidadão, como foi o projeto do Porto Maravilha no Rio. Em São Paulo, podemos observar movimentos espontâneos, como a volta dos mercadinhos de bairro.

 

porLucas Pavel

Cidade vai sediar grande evento de bicicleta

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A cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente, vai sediar a “Conferência Internacional Velo-City Global” em 2018. O Rio de Janeiro será a primeira cidade da América Latina que sediará esse evento, com representantes desse modal de transporte limpo, ecológico e que tanto serve para o lazer quanto para ir ao trabalho.

Essa conferência acontece desde 1980, congrega mais de 1000 cidades e é uma iniciativa da Federação Européia de Ciclistas, sendo a principal e mais importante convenção sobre planejamento cicloviário do mundo!

A iniciativa da Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente de sediar a Velo-City Global em 2018 se coaduna perfeitamente com a política de incentivo às práticas ambientalmente sustentáveis da atual gestão municipal, que tem na ampliação e na revitalização da estrutura cicloviária carioca, um dos pilares de seu planejamento estratégico, tendo Crivella prometido em Amsterdam, durante o Velo City 2017, criar novas ciclovias. Estamos de olho, prefeito!

porLucas Pavel

CAMELO GARUPA

Transformar a sua bicicleta um veículo urbano, eficiente e com as vantagens de poder oferecer uma garupa para os amigos.

Assista ao vídeo abaixo e veja maiores detalhes deste bagageiro:

porLucas Pavel

DIÁRIO DE BIKE: VT BICICLETARIO ARARIBOIA

Com esse espaço, o ciclista ganha a chance de deixar a sua bike com segurança e fazer esta fantástica travessia entre o Rio e Niterói, no coração da baía da Guanabara, através da integração bicicleta-barca, passando por um local cheio de contornos irregulares, beleza, navios e balsas, e a conhecida ponte Rio-Niterói, sem qualquer ônus adicional para deixar sua bicicleta.

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