Arquivo mensal maio 2017

porLucas Pavel

Estreia do Ciclocosmo, blog voltado para o universo da bicicleta

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O espaço será dedicado a amantes da bicicleta, sejam experientes ou iniciantes. Nas palavras dela, o blog vai falar de temas gerais, passando por treinamento, Tour de France, atletas novos, dicas de nutrição, roupas adequadas para pedalar etc.

Na matéria da semana passada, ela falou sobre o aparecimento de uma espécie de quadrilátero da bike em São Paulo, com a inauguração de quatro espaços em Pinheiros voltados para o público da magrela (às vezes, não necessariamente sendo esse o público, mas pessoas que se identificam com o requinte e o cuidado desses restaurantes).

Vale a pena conferir a matéria: http://ciclocosmo.blogfolha.uol.com.br/2017/05/09/regiao-da-rua-artur-de-azevedo-em-pinheiros-vira-quadrilatero-da-bike-em-sp/

porLucas Pavel

HOLANDA DANDO AULA MAIS UMA VEZ

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No Programa da Velocity desse ano, que será realizada em Arnhem-Nijmegen, Holanda (Junho 13-16), tem-se um material muito rico em vários níveis. A Holanda, que já dominou a arte de harmonizar a bicicleta à vida das pessoas, continua se questionando e investigando como melhorar esse processo.

Trazemos aqui as principais pautas:

INFRAESTRUTURA

Talvez esse seja o tema mais clichê, mas ainda bem importante. A máxima: “constrói que eles vêm” continua sendo muito real e eficiente. Uma pergunta interessante a se destacar é: como os projetos de infraestrutura andam de mãos dadas com mudanças comportamentais e projetos com foco educacional.

BIKENOMICS

Esse é um dos temas centrais do Velocity 2017. Se no início, o movimento em direção à bike tinha como objetivo a diminuição dos acidentes nas ruas, agora o foco é todo outro. O ciclismo como hábito de vida incentiva o comércio local, afinal, quem está de bicicleta dificilmente vai visitar o shopping. O ciclista prefere muito mais parar nas lojinhas perto da sua casa e consumir por lá. Além disso, andar de bicicleta garante aqueles 20 minutos de exercício por dia, que é tão importante para manter a população saudável. E com isso, gasta-se menos com plano de saúde.

Portanto, esses dois novos focos (investimento no comércio local e aumento da saúde da população) acabaram se tornando bem decisivos e ampliaram a discussão inicial da bicicleta, que outrora se restringia a segurança apenas.

PESSOAS: DIFERENTES PESSOAS, DIFERENTES IDEIAS, DIFERENTES ESCOLHAS

A bicicleta carrega em si um fator democratizante inegável. Com a bicicleta, é possível chegar a lugares diversos dentro da cidade. É libertador, permite as pessoas conseguirem novos empregos, novas oportunidades. O centro da discussão da bicicleta são as pessoas. E se as políticas da bike não têm as pessoas como principal foco, então esses projetos estão falidos.

porLucas Pavel

Dias Melhores

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Tem dias que a gente olha para o noticiário ou para a situação política do país e do mundo e resta pouquíssima esperança. A gente só vê lideranças equivocadas e fracas, retrocesso, intolerância e desigualdade. Mas tem dias que parece que tudo vai ficar melhor.

E hoje a Camelo Urbano vai mostrar uma história que pertence felizmente ao segundo grupo. Eles começaram a atuar em 2014. Logo ficaram conhecidos como a Família Bike Amarela. Suas ações são muito louváveis e ajudam a nos devolver esperança. Eles têm uma campanha permanente que busca por doação de sangue e que promove o cicloativismo na cidade de Curitiba. Estamos falando da família Batiste: Elízio (55), Marinês (47), Germano (14) e Hernani (10).

Eles se vestem de amarelo (roupa que deu o codinome ao clã) e todo sábado vão ao calçadão da cidade panfletar em busca de mais doação de sangue. Eles também vão em escolas para falar sobre sua pauta do-bem. Tudo começou de uma forma trágica, quando a família presenciou a morte de um motociclista e resolveram transformar esse experiência numa fonte de conscientização.

E estar no lado certo da história, ajudando pessoas, nem sempre é um mar de rosas. Marinês tem a cabeça raspada e tomou essa decisão apenas para poder participar melhor do universo das crianças que ajuda. E essa decisão nem sempre é bem-vista pelas pessoas. Os filhos já sofreram bullying na escola por conta disso. As pessoas dizem que a família só quer aparecer. Mas a família diz que vai continuar seus esforços mesmo com essa corja de bolas-murchas do lado atrapalhando. Afinal, o mundo precisa de gestos como esse. Que continuem!

porLucas Pavel

Marginais na gestão Doria têm mais acidentes

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O cálculo é simples: se você aumenta a velocidade de uma via pública, os acidentes aumentam. É bem lógico, qualquer criança saber fazer esse exercício. Menos o nosso João Trabalhador, alcunha utilizada pelo prefeito de Doria em seu twitter. O resultado não poderia ser menos óbvio: as marginais Tietê e Pinheiros em SP já registram mais acidentes em todos os modais (motos, carros e caminhões) e também mais atropelamentos.

Em outras palavras, o prefeito e empresário João Doria está machucando e mutilando mais pessoas, em nome de ganhar quase nada (economia de tempo nas marginais). Dentro dos planos do prefeito tucano de Sampa, está também o projeto de transformar algumas ciclovias em ciclorrotas (sem separação com a via). Ou seja, medida extremamente perigosa que só propõe causar mais acidentes e ceifar mais vidas. Doria tem se mostrado bem truculento e pouco aberto a diálogo com os cicloativistas e representantes de pedestres. E, principalmente, muito pouco preocupado com o bem-estar do seu querido povo.

porLucas Pavel

Afoá, a Veneza marajoara

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Pouca gente sabe, mas o Brasil tem uma cidade onde as pessoas só andam de bicicleta. Inclusive, andar de carro ou qualquer outro veículo motorizado por lá é proibido por lei nesse município. Estamos falando de Afuá, localizada no estado do Pará, também conhecida como Veneza do Marajó.

A cidade é toda erguida em palafitas para conter a força e a instabilidade das marés da região.

Nesta pequena localidade, de 40.000 habitantes o que chama a atenção é que na região mais urbanizada de Afuá todo mundo usa a magrela para se locomover. São 15 mil bicicletas que circulam incessantemente pelas vielas estreitas da cidade. Crianças, policiais, empresários. Basicamente todo mundo. É quase uma equivalência de 1 bike por cidadão. Eles têm o bicitáxi que são divertidos e garantem eficiência e pontualidade e também a bicilância (serviço de ambulância), logicamente também conduzidos pelas bikes.

As bikes por lá são personalizadas e existem oficinas especializadas para transformação de bicicletas. De fato, as ruas não aguentariam carros passando por lá, pois toda a estrutura é bem delicada. As residências são quase todas de madeira e as ruas não têm calçada. Inclusive, Afuá tem índices sociais bem baixos: 46% da população em pobreza extrema.

Como a cidade é constantemente alagada é necessário um bom equilíbrio para não se cair no rio já que a maioria das vias são palafitas suspensas, mas isso não desanima ninguém. A população do lugar se orgulha de não ter poluição no ar e ter um trânsito tranquilo, sem guardas, semáforos e nenhum tipo de controle. Toda a dinâmica de tráfego acontece naturalmente, sem problemas e de maneira pacífica.

Mas a solução é bem sofisticada e sustentável e deixa no chinelo (ou no pedal!) várias outras cidades brasileiras ditas “desenvolvidas”. Bela inspiração.

Parabéns para Afuá!

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