Arquivo anual 2016

porLucas Pavel

A demanda reside na oferta

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Projeto do bicicletário na Praça XV

É bastante comum que manobras políticas sejam interpretadas como marqueteiras. Sempre é possível ler um populismo, uma demagogia, uma subjetividade em cada gesto. Especialmente se as mudanças propostas tiverem um quê de inovador ou inusitado.

Um exemplo claro são os constantes ataques feitos às obras de extensão das ciclovias realizadas por Haddad. Muitos não entendem as motivações do prefeito, cobram estudos técnicos que justifiquem seu plano de chegar a 1,7 mil km de ciclovia até 2030. Os críticos de Haddad vivem se perguntando: qual é a real demanda?

A demanda, como explica o prefeito perfeitamente, reside na oferta. As pessoas só vão andar de bike se houver um local para tal. Nenhum estudo mirabolante será feito para explicar que é interessante aumentar a malha cicloviária, simplesmente porque essa necessidade é autoexplicativa.

Numa sociedade ideal, ciclistas, pedestres e motoristas dividem o mesmo espaço harmonicamente, talvez num delírio meio indiano. Mas como não é possível viver delírios, nem agir em cima deles, o ideal é que cada cidade tenha uma extensão viária parecida com sua extensão cicloviária. Assim, são oferecidas oportunidades parecidas para todo tipo de cidadão. Se o Estado não oferece oportunidades para o ciclista, ele simplesmente está negando e dificultando que ele possa existir.

porLucas Pavel

Muito mais entre a serra & o mar

veja RioPedalar é apaixonante. Muitas pessoas descobrem desde cedo e outros mais tardiamente contam com a ajuda de alguns benfeitores, por assim dizer. Quem não lembra da primeira bicicleta, da emoção de se livrar das rodinhas e de repente, de uma hora para a outra, ver o movimento trazer o equilíbrio e finalmente dirigir, pedalar, frear? Conduzir uma bike é sempre uma experiência divertida e saudável. Aqui no Rio de Janeiro agora temos a incrível ciclovia da Niemeyer: entre a serra e o mar.

Não faltam opções de novas rotas urbanas. Estamos curtindo os investimentos realizados, acreditamos que com um pouquinho mais de planejamento e infraestrutura e menos megalomania, o projeto cicloviário brasileiro vai dar certo. No caso do Rio de Janeiro e do Brasil falta mesmo é uma legislação como acontece na Holanda. Lá, os ciclistas têm a preferência sobre os carros. O que ainda acontece aqui, e em outras grandes cidades, é que os motoristas acabam tendo a preferência sobre as bicicletas. Infraestruturas são importantes, mas às vezes o mais importante é a criação de uma legislação moderna e adequada às necessidades de mobilidade que a bicicleta impõe aos administradores das nossas cidades.

A justiça brasileira muitas vezes condena o ciclista, que acaba recebendo a culpa pelo ocorrido. Quando na verdade a culpa, a princípio, deveria ser sempre do motorista que deveria ter uma maior condição de previsibilidade. Se houvesse uma legislação mais favorável, cada vez mais pessoas conseguiriam vencer o medo e não precisariam ter que ficar pedindo mais segurança para praticar o ciclismo, sabendo que será respeitado na sua condição de ciclista.

Desta forma, o transito caótico das grandes cidades iria se adequando à presença das bicicletas e todos lucrariam.

porLucas Pavel

Deu zika no transporte público

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O trânsito do Rio está muito lento a cada dia se torna mais caótico. A falência do transporte público já vem mostrando sintomas há algum tempo, mas o maior moribundo é seu usuário. O carioca reclama do ônibus (falta de climatização, desaparecimento de linhas), o paulistano reclama do metrô (dificuldade de recarregar o bilhete único). E na interseção desses chiados necessários, está ela, sempre ela, a Tríade que aflige qualquer pessoa que dependa de transporte coletivo. Lentidão, Desconforto e Superlotação.

Não tem pra onde fugir, você sempre esbarra em um desses problemas.  A alternativa para isso também já vem zikada.

Apesar de cada vez mais pessoas adotarem a bike como meio de transporte, andar de bike parece ser um suplício no Brasil. Primeiro, a eterna questão: ciclovia ou ciclofaixa? A primeira expõe o ciclista ao risco dos perigosos transportes movidos a petróleo. A segunda toma espaço do pedestre e gera uma tensão e o medo de atropelamento. Não se pode esquecer da questão cultural. O brasileiro não está muito acostumado a dividir espaço. Tudo se torna uma guerra a céu aberto, até pequenas questões que poderiam ser resolvidas com simples conversa ou pequenas doses de paciência.  Resolvida essa equação, esbarramos na própria infraestrutura e no pensamento por trás da construção das vias para ciclistas.

Não se pode construir ciclo-qualquer-coisa apenas pensando em lazer. Circular pela orla de bike produz efeitos visuais e para saúde incomensuráveis. No entanto, temos que pensar em vias mais orgânicas que se espalhem por toda cidade. Ciclovias que te possam levar ao trabalho, ao médico. Esse mecanismo desafoga o tão adoentado transporte público.  Ciclovias como a da Niemeyer, ligando Zona Sul a Barra no Rio, revelam uma total falta de pensamento mais refletido. A via não comporta passagem de pedestres e ciclistas simultaneamente.

Diversos já são os casos de atropelamento, o que assusta, por ser uma via recém-construída. Também assaltos já foram relatados no local, o que aponta para a ausência da construção de cabines policiais no local. Fica-se a ponderar: o que governou o pensamento de quem a construiu?

Uma real escuta às necessidades de mobilidade urbana ou puro marqueteirismo?

Uma alternativa doente para um sistema doente de transporte, esses são os males do Brasil…

porLucas Pavel

procuram-se multiplicadores de anjos

 

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É comum ouvir por aí que a gente nunca esquece como andar de bike. É bem real e bem legal de ouvir quando você já sabe andar. Mas para quem nunca aprendeu quando era criança, essa frase pode ser até ameaçadora.

A verdade é que às vezes não dá pra contar com esse aprendizado da época de moleque. Andar de bike já deixou há muito de ser um lazer que se aprende pequeno e ver a magrela como transporte já é uma realidade.

Então como ficam as pessoas que nunca aprenderam mas precisam usar o transporte, especialmente em cidades abarrotadas de carro como São Paulo? Contar com amigos, conhecidos ou parentes é super bonito e certamente aprender com quem se gosta é muito mais memorável. Mas não dá para esperar que isso aconteça, nem é nada prático. Falta um serviço mais formal para essa galera. Um direcionamento, até mesmo uma educação nesse sentido.

Iniciativas como a do Bike Anjo, cooperativa que ajuda as pessoas a aprenderem a andar de bike e a traçar rotas mais inteligentes dentro das cidades onde moram, são louváveis e deveriam ser multiplicadas cada vez mais. Mas a pergunta que fica no ar é: diante da veemência dos transportes alternativos nas grandes cidades, educar as pessoas sobre como andar de bicicleta, por exemplo, já não deveria ser uma medida dos governos? A emergência de organismos como Bike Anjo, Camelo Urbano, Transporte Ativo, Ciclo Cidade etc, tentando tapar lacunas deixadas por eles, apenas comprovam que essas iniciativas precisam ser endossadas já.

Alguém que se propõe a ajudar adultos a andar de bike e a desafogar o trânsito caótico das cidades, no mínimo deveria receber a devida atenção e um olhar mais atencioso por parte dos governantes. É um interesse coletivo muito urgente e que certamente merece ser multiplicado

porLucas Pavel

Gazella city zen– A bicicleta do futuro

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O mercado de ciclismo urbano está em franca expansão. Constamente vemos lançamentos de produtos inovadores que buscam melhorar a experiência de se pedalar pela cidade, com mais segurança e eficiência. Nesse contexto, surgiu a Gazella City Zen. Que é, literalmente, uma bicicleta esportiva.

Apesar de ser uma bicicleta elétrica, a primeira vista não identificamos em sua estrutura componentes como a bateria e motor, por exemplo. Isto porque, seu quadro esportivo foi desenvolvido para comportar internamente estes itens.

A Gazella City Zen ainda não está a venda por aqui, infelizmente. O video de lançamento na Europa com todos os detalhes está em Gazelle CityZen

Bikes como essa nos dão cada vez mais certeza que a bicicleta é o futuro. Ela se revoluciona e irá revolucionar nossas vidas.

porLucas Pavel

FUTURO DO PRESENTE

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Overtoom Amsterdam

Imagina você saindo de casa atrasadx para o trabalho e, ao chegar no ponto, um sensor avisa que seu ônibus chega em 3 minutos. Você respira aliviadx. Aí um novo sensor avisa que o trânsito está mega tranquilo da sua casa até lá e que você chegará lá bem antes do esperado. Você comemora, sem ninguém perceber. O dia está meio seco, então você sabe que sua alergia pode atacar. Um terceiro sensor avisa que a poluição está baixa no dia. Dá até pra esquecer o antialérgico em casa.

Parece futurista? Mas já existe. Em várias cidades na Europa e até mesmo no Brasil, esse tipo de informação já está disponível. Em Amsterdam, as lixeiras públicas possuem sensores que identificam o nível de poluição do ar. Em São Paulo, pontos de ônibus com painéis dão uma estimativa da chegada dos coletivos. No Rio, a IBM trabalha para informar sobre áreas com riscos de desastres naturais.

Isso é o que se poderia chamar de smartcity. Numa cidade inteligente, integração é palavra de ordem. Cruzar informações, dados, relatos, números para tornar a vida do cidadão mais fácil está no abre-alas dessa definição. E se o governo não consegue dar conta de toda essa integração, esforços privados podem ser acionados para tapar esses buracos. Já existem aplicativos de celular que informam a rota e o tempo estimado de chegada de um ônibus. Ora, por que não viabilizar essa informação para todos? Por que a iniciativa tem que ser sempre governamental?

Na verdade, uma cidade smart ou num país smart, o governo se atém a questões mais básicas, mais centrais como saúde, educação, segurança, dedicando-se mais a elas e delega para outros núcleos subtarefas que embora não essenciais, são de extrema importância para gerar conforto para o cidadão.

As empresas estão inseridas na cidade e fazem parte ativa dela. E podem e devem trabalhar no sentido de desafogar os atributos dos governos, trabalhar a quatro mãos, por assim dizer, de um jeito certamente mais inteligente.

porLucas Pavel

O mapa como uma forma de tornar o turismo mais sustentável

Palomar-CrumpledCity01_main-1200x744Todo mundo já foi turista pelo menos uma vez. Para ser turista, você não precisa visitar os lugares mais exóticos do globo, escalar montanhas ultra íngremes, mochilar por um país eslavo… Ser turista significa simplesmente dar um giro, inclusive etimologicamente. E para dar um giro, você não precisa sair do seu habitat natural.  Você é turista da sua própria cidade. Você consome ela, usufrui dela, passeia nela. Assim como os demais visitantes de outros locais.

No entanto, por mais natural que seja fazer turismo, frequentemente ele também é responsável pelo degredo do lugar onde é praticado. Turistas são cidadãos temporários (ou seja, maior volume demográfico) circulando pelas ruas de uma cidade, usando seu espaço, superpopulando-o. O turismo é, em alguns termos, um aumento da população “útil” de uma cidade – sem às vezes haver estrutura para tal.

Nesse sentido, é de suma importância a criação (e disseminação) de ferramentas que façam com que o usuário da cidade (comum ou de outro local) tenha uma relação mais harmônica e informada com ela. Cumprem esse papel os mapas e cartilhas presentes em qualquer cidade. Eles informam ao visitante aonde ir, o que fazer (ou não), roteiros a percorrer. Frequentemente, eles fazem o link entre o que é genuíno e típico daquele local (monumentos históricos, praças, museus, belezas naturais etc) e sua rede comercial (mais global, fácil de encontrar em outros lugares etc).

É comum que o viajante queira viver experiências peculiares, ir a locais não possíveis em sua cidade de origem, mas também quer se sentir em casa, comer na mesma rede de restaurantes que come em seu lar. Tudo isso é possível no mundo do turismo, tudo isso o turismo pode oferecer. Só que precisa ser feito de uma forma responsável. E para isso, conta-se com uma série de mecanismos de informação para tornar essa experiência mais sustentável.

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