Camelo Urbano Reflexões: Na contramão das metrópoles

porLucas Pavel

Camelo Urbano Reflexões: Na contramão das metrópoles

O Globo

Basta uma breve saída por aí para percebermos que a quantidade de pessoas utilizando bicicleta na cidade só aumenta.  


Mas poderia ficar bem melhor. Um primeiro passo seria dificultar a locomoção de automóveis, reduzir os estacionamentos e melhorar as condições alternativas: o metrô, o trem, as ciclovias e as calçadas.


Nova York, a maior cidade do planeta, tomou uma decisão política e no momento discute o desenho urbano focado no pedestre.


Caminhar é a atividade mais importante nas cidades”, “Agora é a vez do pedestre“, afirma o diretor de desenho urbano da prefeitura de Nova York, Alexandros Washburn. 


Cidades como Copenhague, Barcelona, Rotterdam, Londres e Paris tomaram decisões políticas radicais na busca de soluções cujo foco é o cidadão. Não é a toa que ao visitarmos esses lugares nos sentimos tão bem por lá andando por suas calçadas ou pedalando pelas ciclovias.

É inadmissível que enquanto demolimos a Perimetral com a justificativa de que aquele viaduto torna a cidade desumana, distorcemos a paisagem urbana, concordando com isso, a prefeitura projeta o alargamento da estrada do Joá, duplicação de uma via muito saturada. 


Esta solução irá somente promover um maior afluxo de carro por minuto e provocar enormes engarrafamentos, refletindo por toda a cidade do Rio de Janeiro, como tem acontecido.


 Ao pensar nessa solução, a prefeitura posterga para outro momento o pensar de uma cidade para o cidadão. Propor alargar ruas para diminuir o tempo a percorrer talvez não seja a melhor solução; no primeiro momento, pode até ocorrer uma melhoria, mas logo as ruas ficarão saturadas, pois logo mais carros virão passar por ali.


Uma cidade sustentável certamente não é uma cidade em que somos obrigados a passar, no mínimo, três horas por dia dentro de um carro preso no congestionamento, como o carioca que trafega da Barra ao Centro ou vice versa, todos os dias úteis da semana.


As ruas têm que ser proporcionais aos seres humanos e as calçadas à quantidade de pessoas que por elas devem circular. 


Paralelamente, seria importante que a prefeitura investisse em engenharia de trânsito, para traçar também novas ciclovias, ciclo-faixas, ciclo-faixas reversíveis, enfim todo um aparelhamento para tornar a bicicleta um meio mais seguro de transporte urbano, que não é poluente, e traz incalculáveis benefícios ao meio ambiente.

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