
As pessoas que moram no espaço entre as estações precisam pegar ônibus, bike, ou caminhar para completar a viagem, a chamada “última milha”. O ideal é que todos os meios de transporte trabalhem juntos e harmonicamente em prol da sociedade.
As pessoas que moram no espaço entre as estações precisam pegar ônibus, bike, ou caminhar para completar a viagem, a chamada “última milha”. O ideal é que todos os meios de transporte trabalhem juntos e harmonicamente em prol da sociedade.
A questão do preço é bem complicada. Hoje no Brasil, 60% do valor de cada bicicleta é imposto e para nós da Camelo Urbano imposto é roubo. Enquanto as várias propostas de IPI zero para as bicicletas nunca foram votadas, o governo pretende lançar o programa automotivo Rota 2030, que prevê a concessão de benefício tributário para ajudar a indústria automobilística nos tempos de vacas magras. O mesmo deveria ser feito com as bicicletas, para incentivar a prática do ciclismo e mais venda de bicicleta.
Logo esse pensamento evoluiu para algo mais abrangente. Afinal, essa onda de restauros muitas vezes resultava de manobras políticas que em nada tinha a ver com o bem-estar da população. Landry começou a falar em uma cidade para todos, isto é, uma cidade inclusiva que se desenvolve por vários vetores. Uma cidade que não atende aos interesses de parcelas pequenas. E em todas essas equações, a bicicleta sempre figurava como elemento central. Exatamente por ela ser democrática, rápida, saudável e extremamente limpa.
Em 2017, a malha cicloviária, pela primeira vez em 9 anos, não cresceu. Na verdade, até diminuiu, por assim dizer, devido ao esburacamento que é perceptível em várias ciclovias e ciclofaixas da cidade.
Fique por dentro do universo da bicicleta elétrica
Mas legislação sem educação de nada adianta. Pouca gente se lembra, mas em 2013, durante o governo Haddad, foram lançadas campanhas televisivas pedindo respeito aos ciclistas. E se essas campanhas voltassem? Imaginem uma campanha veiculada na TV, antes da novela das nove?
Culpabilizar os elos mais fracos do trânsito (pedestres e ciclistas) parece sempre meio injusto. A pujância dos carros é inegável e dificilmente um acidente acontecerá de fato por causa de um transeunte ou de um ciclista. Isso sem considerar que não existe uma estrutura eficiente para dar ampla mobilidade para ciclistas na maioria das grandes cidades brasileiras.
Uma reflexão sobre a lei que prioriza bikes e como sua implementação é bem mais complicada do que parece.
É muito assustador ver tantos esforços e tanta criatividade sendo desperdiçados para promover o “futuro” do carro. O carro não precisa de um futuro. O futuro dele já é certo, mesmo que não se faça nada. O verdadeiro futuro do carro é a bicicleta.
As vantagens de trazer para a criança o hábito de pedalar são incomensuráveis. Além do fator distração, afinal qualquer criança adora uma aventura de bicicleta, os pequenos aprendem muito com uma simples volta de bicicleta no bairro.
Sucesso é ser saudável, não poluir o meio ambiente, curtir a sua cidade ou seu bairro mais de perto, e, ainda de quebra, gastar pouco. Esses sim são indicadores de que você está sendo um bom ser humano no planeta onde habita. E para isso, a bicicleta é o melhor transporte.