Velocidade 30 km/h? Hummm… Sei não…

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Recentemente, o governo do Rio tem tomado medidas em relação à segurança pública que demonstram que eles estão levantando a toalha e colocando tudo nas mãos da própria população.

Uma dessas decisões foi a lei promulgada em julho passado que permite a conjuntos residenciais restringir o acesso de carros e transeuntes nas áreas onde estão instalados. As guaritas sempre existiram, mas agora a lei dá autonomia às autoridades do condomínio decidirem quem pode ou não circular em suas dependências. Ora, isso nada mais é do que criar uma trincheira urbana e se safar de qualquer responsabilidade de policiamento.

Outra medida, ainda mais polêmica, permite que motoristas acelerem em locais com pardais caso estejam em áreas de risco. Como os motoristas vinham sendo assaltados nessas áreas ao desacelerarem, o governo resolveu liberar a correria. Essa lei é ainda mais questionável porque além de ser um caso óbvio de omissão de segurança, também é bem irresponsável ao permitir que motoristas corram livremente. O que piora é que essas áreas de risco não são discriminadas, ou seja, você pode resolver correr com seu carro em qualquer região que entenda ser de risco.

Esse governo está tomando decisões unilaterais, achando que ser eleito lhe dá carta branca para ele fazer o que quiser. Aumentar a velocidade é igual a aumentar mortes nas ruas da cidade. Isso é um retrocesso muito  grande. É inaceitável. Não podemos conviver com esse descaso. Até porque impostos são pagos para que a segurança seja garantida. Onde será que eles estão colocando esse dinheiro que deveria ser injetada na segurança da cidade?

Enquanto, as cidades brasileiras retrocedem. Na Inglaterra e China, por exemplo, o limite máximo de velocidade dos centros urbanos fica em torno dos 50 km/hora e como reflexo, houve uma queda drástica das mortes por acidentes de trânsito nos últimos 10 anos. Além de ajudar as pessoas a se deslocar de bike ou a pé. A título informativo, nas cidades brasileiras esse limite varia entre 30 e 80 km!

Para nós está mais do que provado que a bike e a caminhada são meios de transporte ultra eficientes em termos de poluição, ocupação de espaço e consumo energético. E, pedalar ou caminhar para o trabalho deveria ser uma opção simples para todos. Assim como quem quer pegar um Uber, taxi, um ônibus ou um carro.

O que precisamos nesse momento, é de uma cidade que seja pensada para todos e com segurança para todos!