Um pouco mais sobre covid-19 e bikes

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Os benefícios da bicicleta – e de uma forma geral, uma mobilidade mais ativa – para a população são inúmeros. Esse é o assunto do momento. E infelizmente será assim por algum tempo. O início da vacinação no Brasil traz uma lufada de esperança e desafoga uma pouco nossas preocupações, mas a verdade é que ainda estamos distantes do fim da pandemia. Até que todos sejam vacinados – ou vá lá, sejamos realistas, a maioria –, muito ainda terá que ser feito. E até lá, o distanciamento é essencial.

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fotografia de Sergio de A. Pereira

Levando tudo isso em conta, o distanciamento nos espaços urbanos se torna crucial nessa nova realidade pós-covid. O próprio manuseio do espaço público compartilhado foi colocado em xeque depois das transformações sanitárias advindas da pandemia.

A tendência mais natural nesse momento é a pedonalização (do francês, piétonisation, de piéton = pedestre), que nada mais é do que tornar as ruas um espaço que privilegia o pedestre em detrimento do carro. Segundo essa filosofia, as calçadas precisam ser alargadas, gerando maior espaço para os transeuntes e eventualmente para os ciclistas, em partes da cidade desprovidas de ciclovias e ciclofaixas. Isso significa abrir as ruas (para os pedestres), evitando a tão famigerada aglomeração.

Um estudo bastante elucidativo feito pelo Global Call for Climate Action mostrou que os benefícios da bicicleta – e de uma forma geral, uma mobilidade mais ativa – para a população são inúmeros. A começar pela saúde, pois essas atividades propiciam um bom desenvolvimento vascular, evitando mortes por infarto e até mesmo por câncer.

Pedalar e caminhar reduzem também riscos de obesidade e da propagação dos males atrelados a ela. A saúde mental também é beneficiada, pois pedalar ajuda a reduzir estresse e sintomas de depressão. O meio ambiente ganha igualmente: menor poluição atmosférica e sonora. Para que a população possa usufruir dessas coisas, os governos precisam entender que facilitar o acesso à bicicleta e estimular a caminhada é um investimento direto na saúde pública e existem milhares de dados comprovando isso.

E também é necessário entender que as pessoas em geral só se interessam por essas atividades quando encontram um mobiliário propício para isso em suas cidades. Então, é uma obrigação política fazer essa ponte entre as pessoas e uma mobilidade menos sedentária, menos focada em transportes particulares e mais interessada na saúde e no bem-estar geral.

Esse movimento de abertura da rua para o pedestre sempre beneficiará o ciclista, visto que esses são esforços organizados contra a predominância (e prevalência) dos carros na rua. Esses correm em parceria com as demandas por mais e maiores ciclovias, que é uma militância que fazemos aqui desde sempre. Tais decisões são importantes não só no atual contexto de arrocho sanitário, mas num todo e mais amplo onde as pegadas ecológicas deixadas pelo carro são evitadas ao máximo.

Pedalar e caminhar reduzem também riscos de obesidade e da propagação dos males atrelados a ela. A saúde mental também é beneficiada, pois pedalar ajuda a reduzir estresse e sintomas de depressão. O meio ambiente ganha igualmente: menor poluição atmosférica e sonora. Para que a população possa usufruir dessas coisas, os governos precisam entender que facilitar o acesso à bicicleta e estimular a caminhada é um investimento direto na saúde pública e existem milhares de dados comprovando isso.

E também é necessário entender que as pessoas em geral só se interessam por essas atividades quando encontram um mobiliário propício para isso em suas cidades. Então, é uma obrigação política fazer essa ponte entre as pessoas e uma mobilidade menos sedentária, menos focada em transportes particulares e mais interessada na saúde e no bem-estar geral.