Ciclovias no centro do debate

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Se você observar o noticiário de mobilidade urbana sobre cidades holandesas, você vai notar uma coisa rapidamente: eles têm questões muito distintas das nossas. Em Utrecht, por exemplo, está-se discutindo agora o chamado horário de rush que a combinação covid-19 + bikes causou. Explico-me: todos sabemos que no período da pandemia, várias cidades do mundo viram seus trânsitos de bicicletas aumentar com força. Isso acontece porque no nosso cenário atual onde aglomerar é nIMG_2408ocivo, a bike é um meio de transporte relativamente rápido que permite distanciamento social. Também é prática, não muito cara e zero poluente. Portanto, a solução perfeita para o cidadão contemporâneo. Com isso, algumas cidades que já tinham a cultura de trânsito cicloviário, com a pandemia, viram o seu fluxo aumentar muito. A ponto de precisarem repensar sua infraestrutura. Com os engarrafamentos das bicicletas, o tiro pode acabar saindo pela culatra e gerar focos de contágio do coronavírus. 

Por isso, o governo municipal de Utrecht por exemplo, está propondo o uso escalonado das ciclovias. Mas a solução que parece mais promissora não nos é nem um pouco desconhecida: a necessidade de criação de novas ciclovias. Ao aumentar seu número, a cidade holandesa poderia desanuviar suas vias mais lotadas e proporcionar viagens mais seguras no aspecto corona da coisa. E mais confortáveis também no aspecto logístico.

Mesmo que o exemplo brasileiro seja muito distinto, pois aqui observamos zero rush ciclomotor e ainda precisamos de bastante adesão, que sem dúvida é uma questão cultural, percebe-se que em se tratando de bicicleta, a construção de ciclovias e faixas sempre parece ser o xis da questão.