CICLISTAS PODERÃO SER MULTADOS

porLucas Pavel

CICLISTAS PODERÃO SER MULTADOS

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O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou na sexta-feira, 27, resolução regulamentando a aplicação de multas a ciclistas e pedestres que desrespeitarem as leis de trânsito em todo o País. Essa medida já estava prevista há algum tempo, mas foi ressuscitada agora e deve entrar em vigor em 180 dias. Quem atravessar ou pedalar fora da faixa deverá desembolsar por volta de R$44,00, o que corresponde a metade de uma multa leve aplicada a carros.

A decisão andou dividindo a galera. Por um lado, fazer uma lei que envolva ciclistas de alguma forma é legitimá-los como membros ativos do trânsito. É reconhecer que eles importam. Talvez, há alguns anos, fazer uma lei como essa fosse totalmente desnecessária. Afinal, a expressividade dos amantes da magrela era pífia. Mas agora o jogo mudou.

Por outro lado, essa é uma manobra perigosa. Culpabilizar os elos mais fracos do trânsito (pedestres e ciclistas) parece sempre meio injusto. A pujância dos carros é inegável e dificilmente um acidente acontecerá de fato por causa de um transeunte ou de um ciclista. Isso sem considerar que não existe uma estrutura eficiente para dar ampla mobilidade para ciclistas na maioria das grandes cidades brasileiras. Ou seja, além de punir o elemento mais frágil, você não dá subsídios nem instrução para que ele circule no trânsito com segurança.

Concordamos que pedalar imprudentemente é condenável. Especialmente para os pedestres ao redor do ciclista. E sim, uma atitude perigosa continuada pode acabar gerando acidentes maiores e até fatais. Ninguém pode se lançar no trânsito sem pensar no outro. Não somos contra a regulamentação. Regulamentar é totalmente apropriado. Mas punir só é justo se todos os elementos envolvidos estiverem equiparados, ou seja, se partirem do mesmo ponto em termos de condições de mobilidade no trânsito.

Essas regras devem ser pensadas olhando o futuro, e não o passado. A experiência internacional mostra que deveríamos considerar antes de tudo investir em engenharia de trânsito para traçar novas ciclovias, ciclofaixas,  ciclofaixas reversíveis, enfim: todo um aparato para tornar a atividade do ciclismo numa nova e segura forma de transporte urbano, mais rápida, não poluente, com irrefutáveis benefícios à saúde, prática e divertida.

E você, o que acha dessa polêmica?

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