Camelo Urbano Reflexões: Quer uma cidade que pedala? Crie um trânsito seguro

porLucas Pavel

Camelo Urbano Reflexões: Quer uma cidade que pedala? Crie um trânsito seguro

Quer uma cidade que pedalaHá quatro semanas, o Fórum Mundial da Bicicleta, em Medellín, Colômbia, reuniu mais de 4.000 pessoas do mundo todo para discutir os desafios e as oportunidades do ciclismo urbano. Muitos elogiaram o evento por sua habilidade em reunir diversos apoiadores da causa e por identificar respostas centrais.

Os cidadãos estão recorrendo à bicicleta por um bom motivo. A bicicleta oferece uma forma saudável de mobilidade que reduz a necessidade do uso do carro e reduz emissões poluentes. Mas aí reside o maior obstáculo para o estabelecimento da bicicleta como forma principal de locomoção: implantar uma infraestrutura segura que todos se sintam seguros de usar.

Como um planejamento urbano no nível da rua e da cidade oferece um ciclismo seguro

Uma oficina oferecida pela EMBARQ e pela Embaixada de Ciclismo da Dinamarca no Fórum Mundial da Bicicleta teve como foco os princípios e as condições para o planejamento urbano que proporcione um ciclismo seguro. Os participantes tiveram contato com pesquisas internacionais sobre planejamento urbano, segurança das estradas e pesquisas acadêmicas sobre ciclismo e segurança.

No nível da cidade, uma rede consistente de instalações cicloviárias que ligue parques, ruas, orlas e outros corredores vitais é necessária para possibilitar condições seguras para a prática do ciclismo. A bem conhecida rede de Copenhagen é um ótimo exemplo desse tipo de planejamento extensivo. Uma rede parecida está aparecendo em Minneapolis, onde ciclofaixas protegidas expandem a já renomada rede de ciclovias da cidade. Bogotá, Colômbia tem quase 392 km de ciclovias, 232 dos quais foram construídas durante a administração de Enrique Peñalosa entre 1998 e 2001. De acordo com dados oficiais da cidade, o ciclismo em Bogotá tem aumentado gradualmente, de cerca de 0,5% de viagens diárias em 1996 para 6% em 2014. No geral, as cidades latino-americanas têm uma das mais extensivas infraestruturas cicloviárias fora da Europa.

No nível da rua, delimitações físicas das ciclovias – com pequenos postes, meios-fios, elevações – podem criar condições mais seguras para os ciclistas. Esses conceitos já foram colocados em prática e seu sucesso é documentado em diversas cartilhas, como em Copenhagen (Focus on Cycling) e na Holanda (Design Manual for Bicycle Traffic). Cada vez mais, essas cartilhas estão se tornando populares numa escala global, dos Estados Unidos à Turquia. No Brasil, o Rio de Janeiro tem ajudado a reduzir os conflitos entre pedestres e ciclistas ao elevar as ciclovias e colocá-las atrás do ponto de ônibus.

Um ciclismo seguro é aquele que é viável para a população. A partir dos avanços observados até agora, só podemos ser otimistas em relação à transição da bike como objeto de lazer para meio de transporte autêntico.

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