Arquivo anual 2015

porLucas Pavel

uma nova preocupação

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Com a conscientização das sociedade em relação às “  (e novas aqui fica entre aspas porque os meios não são novos, apenas a mentalidade que é), cada vez mais setores parecem refletir essa mudança de comportamento. Ora, não tem como alguns setores simplesmente fecharem seus olhos para esse novo cenário que se abre. As bicicletas vieram (ou voltaram?) para ficar e abocanham um espaço cada vez mais expressivo das vias urbanas.

Pegando carona nessa realidade, diversas empresas têm feito suas propagandas em veículos de distribuição em massa pautadas na boom das bikes que observamos no país. Exemplo disso é a famosa rede francesa de supermercados que está estampando nos jornais de São Paulo uma campanha de arrecadação de bicicletas. A proposta é viabilizar o milagre de Natal e fazer chegar na criançada o tão sonhado presente (sempre um clássico nessa época do ano).

Outro exemplo disso é a construtora paulista que inclui na propaganda de seus apartamentos um roteiro para quem está interessadx em chegar no local de bicicleta. O informativo inclui as ruas pelas quais você pode chegar e o tempo estimado de bike. A propaganda não deixa de incluir também as possibilidades para os usuários de metrô.

Esse pequeno espaço amostral já nos dá uma sensação de transformação que tanto buscamos. Seja na forma de um gesto caridoso de Natal ou na simples inclusão de informações  sobre a chegada a um local via bike, vemos aí uma nova preocupação. E às vezes, muito mais do que atos concretos, preocupações inéditas apontam para caminhos interessantes.

 

porLucas Pavel

PISTA NO VIADUTO, ARTIGO EM FALTA NO RIO

10nov2015---a-prefeitura-de-sao-paulo-comecou-a-construir-15-quilometro-de-ciclovia-sobre-o-viaduto-antartica-na-pompeia-zona-oeste-que-sera-interligada-com-a-faixa-para-bicicletas-ja-existente-na-1447176150566_400x500É sabido que empresas e incorporadores que constroem grandes empreendimentos imobiliários trazem também grandes custos para o meio ambiente. Dentre eles, poluição, desmatamento, desapropriação de fauna e flora. Nesse sentido, é de praxe em vários municípios que essas companhias realizem obras para compensar (ou devolver) para a sociedade o que está “tirando” dela.

Um exemplo recente disso é o que a Prefeitura de São Paulo está fazendo com o Viaduto Antártica. Ali será construída uma ciclovia de 1,5 km ligando a zona norte à oeste. A pista, instalada no canteiro central, será bidirecional. Os cicloativistas de São Paulo vêm batalhando pela construção dessa pista há um tempo. Afinal, é muito perigoso se arriscar de bike nas abas laterais de pontes e viadutos.

Quem é carioca sabe que esse tipo de construção é rara no Rio. Em geral, as ciclovias construídas vêm sempre cercando as orlas, ou seja, elas têm um caráter turístico, sempre ligadas ao lazer. Não servem para o trabalhador que quer usar a bicicleta para fazer seu cummuting diário. Uma ciclovia que corta uma ponte vai bem mais na direção do uso da bike como meio de transporte efetivo e não como apenas uma forma de distração.

Mais uma vez, o exemplo paulista fomentando ideias para um modelo de mobilidade urbana na qual nós, Camelo, acreditamos.

porLucas Pavel

Matando vários coelhos com uma bike só

Anualmente, mais de 13 refugiados chegam em Londres partindo do Oriente Médio, certos países da África e da Ásia. Londres é conhecida por receber bem o pessoal que vem do exterior, mas a burocracia é lenta e muitas vezes esses refugiados demoram muito tempo até ingressar no mercado de trabalho inglês e começar de fato uma nova vida.Captura de tela 2015-09-24 às 11.46.37

Enquanto essas pessoas não podem trabalhar, o governo britânico oferece a elas uma bolsa semanal de 36 libras e moradia temporária nos subúrbios da cidade. Embora esse valor dê conta de necessidades mais básicas, ele não cobre gastos com transporte público, por exemplo.

Para resolver esse problema e ainda de quebra oferecer possibilidade de trabalho para essas pessoas, a ONG The Bike Project, fundada por voluntários e refugiados já estabelecidos na cidade, recebe doações de bicicletas usadas e ensina o pessoal a consertá-las. Com isso, eles ganham um transporte gratuito, podem circular por onde bem entenderem e ainda ganham uma graninha extra consertando as bikes da cidade.

É pra aplaudir de pé! 

porLucas Pavel

Dia Mundial Sem Carro

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Um dia muito importante pra nós e para o mundo todo.

Avante bikers!!!

porLucas Pavel

O CICLISTA QUE BRILHA

Quem pedala sabe que as ruas da cidade podem ser grandes armadilhas. Por mais protegido que você esteja, você está sempre vulnerável. Todos os outros meios de transporte são mais resistentes que a bike. O caso se agrava se você estiver pedalando de noite. No Brasil, por exemplo, segundo o site Vias Seguras, cerca de 2.000 ciclistas morrem por ano no trânsito.

Foi pensando nisso que a fabricante de automóveis sueca Volvo lançou um produto para ajudar os ciclistas e outros usuários vulneráveis se tornarem mais visíveis durante a noite.

O nome do produto é LifePaint. Ele é um spray a ser aplicado em roupas, sapatos, bolsas ou qualquer outro material sem manchar. Durante o dia, você não vê nada. Mas durante a noite, se você for interceptado pelo brilho dos faróis, o tecido ou outro material brilha de volta, emitindo luz branca. A camada reflexiva transparente sai após a lavagem ou dura cerca de uma semana antes de precisar ser reaplicado.

 

Confira aqui:

porLucas Pavel

ARQUITETO CRIA CÁPSULAS DE MADEIRA PARA ABRIGAR OS SEM-TETO

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A Camelo Urbano entende que a interação entre o cidadão e cidade precisa ser, em todas as instâncias, uma experiência harmônica. E quando dizemos “todas as instâncias”, não estamos falando apenas do transeunte ocasional ou do ciclista engajado. Estamos falando de todo mundo, inclusive os sem-teto.

Sem querer entrar na questão da injustiça social envolvida, nas mazelas escondidas atrás da simples presença de moradores em uma determinada rua escura do seu bairro, vamos falar hoje de inciativas que se afastam do que pode ser feito e se aproximam do que de é feito de fato. Muito pode ser feito e muitos são os fatores que levam pessoas a habitar as ruas. Tantos são esses fatores que esse fenômeno se repete em diversas cidades do mundo, com diferentes modelos econômicos e políticos.

Dito isso, queremos apresentar hoje a proposta do arquiteto James Furzer (26), criador do Home for the Homeless (tradução livre “Teto para os Sem-Teto”). Ele foi o ganhador do concurso Space for New Visions e resolveu voltar o olhar para os cerca de 750 moradores de rua de Londres. Furzer projetou cápsulas de madeira que se anexam às paredes dos prédios.

Projetado para um orçamento limitado, as pequenas casas são feitas com madeira compensada e moldura de metal, contam com uma sala/dormitório e acompanham um colchão. Como diz o arquiteto, não se trata de um hotel de cinco estrelas. Trata-se de um lugar seco, quente, confortável e seguro para abrigar uma pessoa por algumas horas.

Confira:

Vídeo:

porLucas Pavel

O ELEFANTE É MAIS EMBAIXO

As ciclovias do Haddad já geraram todo tipo reação contrária por parte de diversas frentes. Donos de carros, transeuntes, comerciantes e, principalmente, pessoas desinformadas engrossaram esse caldo.

Até uma liminar do TJ (suspensa em março) resolveu barrar esse processo em São Paulo, alegando que houve falta de estudo de impactos para a implantação das faixas exclusivas.

Bom, se esse elefante incomoda muita gente, os elefantes estrangeiros incomodam muito mais. Uma breve observação do gráfico (abaixo) apresentado pela Revista Bicicleta nos dá essa ideia:

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A verdade é que as pessoas precisam abrir a cabeça para esse tipo de movimento. A ciclo-quilometragem, que atualmente parece ser o que mais irrita as pessoas, nem é de fato o cerne da questão. Muito mais do que a extensão quantitativa da malha cicloviária, deve-se buscar sua expressão qualitativa. Não adianta ter ciclovia apenas na praia, como no Rio de Janeiro. A ciclovia tem que levar você até o seu trabalho, até o centro da cidade, etc. A ciclovia tem que ser orgânica e essencialmente urbana.

A luta contra os números esconde a luta a favor da implantação de uma malha cicloviária verdadeiramente significativa. Ou seja, o elefante é muito mais embaixo.

porLucas Pavel

Pedestres X Ciclistas

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Em nossas andanças diárias vemos muitos conflitos entre ciclistas e pedestres. Diariamente eu vejo de perto que se por um lado bicicletas passam o sinal vermelho, por outro pessoas caminham em ciclovias.

Muitas vezes nas avenidas mais movimentadas do Rio, aonde ainda é permitida a circulação de carros e ônibus em alta velocidade, deixando o ciclista sem espaço. Que, para se proteger, se vê obrigado a pedalar pela calçada. E, por essa atitude, acaba sendo duramente criticado.

Assim sendo, é importante assegurar que quando um pedestre por ventura invade a ciclovia, o ciclista não pode jogar a bike para cima dele. É sempre lamentável quando isso ocorre como o que aconteceu com um senhor de 78 anos que acabou morto após ser atropelado por uma bicicleta na ciclovia do minhocão em São Paulo na semana passada.

Muito ainda tem que ser feito para evitar brigas entre pedestres e ciclistas. Investimentos em uma campanha de educação evitariam maiores conflitos. Acreditamos que tão importante quanto construir ciclovias e diminuir a velocidade dos automóveis seria promover uma campanha de educação que ensine todos a se respeitarem – ciclistas e pedestres.

porLucas Pavel

Mais bicicletas do que habitantes

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Amsterdam, possui, 799.442 habitantes. E 881 mil bicicletas (fonte: Jornal Público) . Os números mostram que mais da metade do moradores vão para o trabalho de bicicleta. Ao fim da tarde, o centro é invadido por ciclistas, há quem possua duas bikes, uma para lazer e outra para ir para o trabalho. Além deste ser o meio de transporte oficial das autoridades, prefeito, correios. Elas estão por toda parte – nas canais, nos bicicletários, nas praças, nas calçadas, com cadeado, ou simplesmente largadas de qualquer jeito.

Por que é que Amsterdam é tão confortável para usar a bicicleta como meio de transporte? De que forma pode a capital da bike pode inspirar a cidade maravilhosa a se tornar a capital da bicicleta no Brasil? Vale dizer que estivemos em lá e ficamos muito bem impressionados com a qualidade dos mais de 400 quilómetros de ciclovias, e dos estacionamentos de bike que são outra figura importante. Quase todo lugar possui um. Desta forma, a política de mobilidade da cidade está essencialmente organizada em torno das pessoas, com um papel crucial na infraestrutura cicloviária como pilar de sustentação. Não é fácil fazer comparações exatas, mais talvez aqui no Rio nunca venha a ser um meio de transporte de massas, e nem precisa ser, assim como acontece lá em Amsterdam. Tem apenas de ser mais uma opção inteligente e segura. E aqui no Rio já começa a ser.

O Rio de Janeiro tem que investir ainda mais no ciclismo urbano e quem sabe num futuro próximo poderemos ter nossa cidade entre os melhores lugares do mundo para o ciclismo. Assim como em Amsterdam, o terreno aqui é plano. é cada vez mais comum vermos pessoas de bicicleta indo para o trabalho ou ao mercado ou até numa loja, escola, e etc… Muito ainda tem que ser feito. Apesar dos buracos e da falta de uma rede contínua, pois muitas das ciclovias foram projetadas apenas para às áreas de lazer. Critico, às vezes de forma muito dura, por que os ciclistas precisam de ciclovias que levem de um lugar a outro, e não de vias subutilizadas pela falta de usuários durante a semana. Não há nenhuma nas principais avenidas da cidade, o que faria sentido. Talvez devesse haver uma na Avenida Presidente Vargas até a Zona Norte, por exemplo. Com isto, certamente cada vez mais pessoas poderiam estar indo para o trabalho de bicicleta. O Rio merece e o carioca exige.

 

 

porLucas Pavel

CPI da BIKE

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Após a morte do médico Jamie Gold na Lagoa, foi instaurada na Câmara dos Vereadores uma CPI da Bike encabeçada por Jefferson Moura (PSOL). E qual é a principal dificuldade enfrentada pelos ciclistas na cidade, de acordo com a CPI? Na verdade, são várias as dificuldades. Dentre elas, falta de ciclovias adequadas, de educação no trânsito e de segurança de um modo geral. No entanto, o principal vilão ainda é o atropelamento, nas palavras de Moura. Cerca de 2 ciclistas são vítimas de acidentes por mês no Rio.

Os vereadores agora estão estudando as condições das ciclovias construídas nos últimos anos, assim como as que estão em progresso. O vereador cita a ciclovia de Laranjeiras como um caso a ser observado com calma. Ela passa por pontos com banca de jornal no meio da pista, por exemplo. Em alguns trechos, os ciclistas circulam junto a carros. O projeto está orçado em mais de 1 milhão de reais e apresenta vários problemas.

A CPI da bike deve encerrar seus trabalhos em novembro. O relatório final promete mudanças. Dentre elas: criação da delegacia especializada no roubo de bikes e no atendimento ao ciclista. Moura também promete maior rigor na compra e venda de bikes.

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